Uma vez que a lesão foi diagnosticada corretamente, existem basicamente duas formas de tratamento:
Uma vez que a lesão foi diagnosticada corretamente, existem basicamente duas formas de tratamento:
Esse é indicado na maioria das lesões agudas do LCP e podem consistir inicialmente em aplicar o método PRICE (proteção, repouso, gelo, compressão, elevação). Técnicas fisioterápicas como eletroterapia, TENS e Ultrassom podem ser utilizadas na sequência do processo de reabilitação. Antes do retorno às atividades, é necessário um adequado reforço muscular (quadriceptal e isquiotibiais), treino de marcha e treino proprioceptivo (equilíbrio).
2 | Tratamento CirúrgicoCasos associados a avulsão de fragmento ósseo têm indicação cirúrgica absoluta, devendo ser realizada com a maior brevidade possível. Em casos de rupturas intersticiais, a indicação deixa de ser a lesão em si e passa a ser os sintomas causados pela lesão. Uma menor proporção de lesões do LCP necessitam de intervenção cirúrgica. No entanto, em casos mais graves, em especial aqueles em que as outras estruturas dentro da articulação do joelho foram lesadas, a cirurgia pode ser recomendada. Quando a posteriorização da tíbia for superior a 15mm, a cirurgia aguda pode ser indicada. Esta também está indicada se o tratamento conservador não obtiver bom resultado.
Em geral, aqueles que sofreram uma lesão LCP normalmente têm boa probabilidade de recuperação, a maioria sendo capaz de regressar às suas atividades esportivas no mesmo nível que antes da lesão. No entanto, a recuperação total da lesão do ligamento cruzado é altamente dependente da capacidade de aderir a um rigoroso programa de reabilitação.
Todas as cirurgias de RLCP (reconstrução do ligamento cruzado posterior) devem ser realizadas durante uma internação hospitalar que geralmente dura 48 horas. A RLCP pode ser realizada com anestesia regional ou geral. Mesmo nas anestesias regionais você pode optar por dormir durante a cirurgia. Os anestesistas ajudarão você a determinar qual será a melhor para você.
O LCP é reconstruído com um enxerto de um tendão retirado do próprio joelho do paciente. Atualmente, temos duas opções de enxerto principais. Uma é usando o tendão patelar (que liga a rótula à tíbia). Ele é retirado por meio de cortes mínimos no joelho, com uma pequena porção de osso nas pontas. Então uma perfuração é feita através da tíbia até o fêmur, seguindo o mesmo caminho do ligamento rompido. O enxerto é colocado neste espaço, com os ossos nas pontas sendo ligados ao fêmur e a tíbia, com pinos e parafusos.
A outra opção é através da retirada do tendão de dois músculos que passam medialmente no joelho (semitendíneo e grácil). Nessa técnica os tendões também são fixados no osso por pinos e parafusos. A decisão entre as duas técnicas é feita em conjunto pelo médico com o paciente. Há vantagens e desvantagens a serem discutidas. O procedimento é realizado por vídeo com exceção da retirada do enxerto que necessita de pequenos cortes.
Após a reconstrução, a pessoa precisa fazer fisioterapia por um período de 6 a 8 meses, antes de retornar completamente às atividades normais.
Na conclusão da cirurgia, o cirurgião fecha as incisões e mantém um dreno dentro da articulação com o objetivo de não deixar acumular sangue. Esse será mantido por um período de 24 horas. Em alguns casos, opta-se pela imobilização pós operatória com talas de velcro.
Você será encaminhado a uma sala de recuperação anestésica e, após recuperar a mobilidade das pernas, estará apto a ir para o seu quarto. O período de internação dura cerca de 48 horas. A fisioterapia deve ser iniciada já durante a internação.
O pós operatório é bastante diferente do realizado na RLCA (reconstrução do ligamento cruzado anterior).
Os cuidados com a cicatriz são semelhantes. Deve-se ter muito cuidado com o efeito gravitacional posterior da perna (tíbia). Isso forçará os métodos de fixação do enxerto o que pode acarretar problemas no pós operatório.
Sempre no trabalho de reabilitação deve haver um apoio na parte posterior proximal da perna, inclusive se for utilizado o CPM (movimento contínuo passivo).
A flexão passiva e ativa deve ser restringida a 90 graus até a quarta semana de pós operatório.
O uso do imobilizador pode ser indicado por seis semanas, sendo removido nos momentos da realização da fisioterapia.